Novo Bispo de Petrolina







Conta a Sagrada Escritura que Isaías ouviu a voz de Deus, que dizia: “Quem enviarei eu? E quem irá por nós”? O profeta reagiu prontamente: “Eis-me aqui, envia-me a mim”. E o Senhor disse a Isaías: “Vai e fala a este povo” (Is 6, 8-9).
Isto aconteceu por volta do ano 740 antes de Cristo, quando Isaías tinha 25 anos. Durante 40 anos o jovem, por Deus encantado, exerceu a missão profética em favor de seu povo.

Agora, 2.743 anos depois, a Igreja de Deus proclama a necessidade de uma vigorosa ação missionária em nossas comunidades. Existe uma preocupação especial com a juventude, atingida pelo fenômeno da globalização com seus valores e contra-valores.

Muitas lideranças adultas se dizem cansadas, envelhecidas, desanimadas. A Pastoral de Juventude se apresenta com seu projeto de “Missão Jovem”. Como quem diz: “As missionárias e os missionários de hoje somos nós. Sobre nossas frontes correu a água do Batismo. Fomos consagrados a Deus e portanto somos a juventude do Senhor. Em decorrência de nossa missão batismal, cabe-nos o envio às comunidades em nome do Senhor da Igreja.

Nossas comunidades necessitam de uma nova evangelização, com novo ardor e novos métodos, como quer o sucessor do Apóstolo Pedro. Nosso protagonismo juvenil nos desafia a sermos as apóstolas e os apóstolos, isto é, “os enviados” de nosso tempo, como o jovem Isaías nos tempos de antanho.

Justamente nesta semana acontece em São Miguel das Missões, no Rio Grande do Sul, o Congresso Missionário em preparação à Missão Jovem. Saúdo em nome da Igreja, os jovens do Congresso Missionário. Auguro a presença, o ardor, a luz, o fogo, o vento, a inspiração e o vigor do Espírito Santo.

Vocês são o presente e o futuro da Igreja e da sociedade. Resistam à indiferença, ao conformismo, à passividade, à mediocridade e à covardia.

Cristo ama vocês, jovens, e caminha com vocês. Cristo desafia vocês a trabalhar com ele, a seguir seu estilo de vida, a espelhar no rosto juvenil o rosto de Cristo, a transformar nossa história em reino de esperança, de amor, de justiça e de paz. É a vocês que a Igreja de Deus fala: “Vai, juventude, e fala a este povo”.



Publicado pela CNBB em 11/10/2003

Dom Sinésio Bohn
Bispo de Santa Cruz do Sul

Vocação



Falamos muito de vocação. Quando dizemos que alguém tem vocação, afinal o que queremos dizer? A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chama?). Assim vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escuta que responde.

A vida de todo ser humano é um dom de Deus. "Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos.

Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.

Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.

Você é uma vocação. Você é um chamado.

Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:

Deus chama dlretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
Deus toma a Iniciativa de chamar.
Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.
Vocação é o encontro de duas liberdades:

a de Deus que chama
a do Homem que responde
Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.

Vocação à existência -À vida

Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10)

Vocação humana - Ser gente, ser pessoa

Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana.

Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado

Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9)

Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes:

Vocação laical (no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)

l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31)

Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)

É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11)

Vocação à vida consagrada (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)

O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.

Textos bíblicos
Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7
Leia estes textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida.

Precisamos distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa. Veja o quadro abaixo e observe a distinção entre uma e outra:

Profissão

Vocação

1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho

1. chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser

2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida

2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço

3. pode ser trocada

3. é para sempre

4. é exercida em determinadas horas

4. é vivida 24 horas por dia

5. tem remuneração

5. não tem remuneração ou salário

6. tem aposentadoria

6. não tem aposentadoria

7. quando não é exercida, falta o necessário para viver

7. vive da providência divina

8. na profissão eu faço

8. ha vocação eu vivo

A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.

fonte: http://www.catequisar.com.br/texto/materia/especial/vocacao/04.htm

O jovem e a vocação


1. Introdução
Parece aos olhos de muitos um tema desafiador. Como falar de vocação aos adolescentes e jovens de hoje, marcados por características tão complexas e muitas vezes contraditórias a esse tema?
Vemos por um lado, um certo vazio e afastamento daquilo que é religioso e institucional mas, por outro lado, um número cada vez maior de jovens busca o sentido pleno da vida em experiências religiosas, grupos de jovens, movimentos de espiritualidade, religiões orientais e em outras formas de experiências fortes, grupos espontâneos, galeras, metaleiros, punks, pichadores, ecologistas, ambientalistas... E tantos outros.
É possível falar em vocação para os adolescentes e jovens, mas, antes de tudo, é preciso acreditar neles e libertar-se dos preconceitos. O jovem está inserido num contexto social e não é culpado de todas as acusações que lhes são imputadas.

2. Pressupostos
Vivemos na era pós-moderna caracterizada pela provisoriedade das relações, pelas emoções fortes, pela crise das instituições tradicionais (governo, família, religião), pela primazia das luzes, dos sons e cores, pela influência forte dos Meios de Comunicação Social que impõe modos e escravizam ao consumo desenfreado.
Outra grande característica de nossa época é a relativização dos valores. Para um grande número de jovens valor é aquilo que eles acham que é valor. É a teoria do "achismo", eu acho que isso é bom para mim, então eu faço. Pela influência da grande cidade e suas características desprezam-se valores que são universais: família, amor, religião, castidade, partilha, sensibilidade, mútua-ajuda.
O grande deus dos nossos dias é o prazer. Parece uma norma: em tudo o que faço tenho que ter prazer e levar vantagem. O erotismo e o sexo estão presentes em todas as relações na sociedade: compra e venda, conseguir um emprego, propagandas, maneiras de se vestir e relacionar. A sociedade prega que o sexo é normal em qualquer situação e estado de vida. "Se pintar uma ocasião e os interessados concordarem a transa acontece". Vemos crescer o abuso da sexualidade na adolescência e juventude, o homossexualismo, o lesbianismo e a bissexualidade pregados com a maior normalidade (novelas, filmes, revistas, propagandas, músicas).
Conta um ditado o seguinte: "A propaganda é a arte de fazer a gente comprar o que não precisa com o dinheiro que a gente não tem". Esse dito explica outra característica de hoje: o consumismo desenfreado. A televisão coloca em nossas casas uma infinidade de produtos, que muitas vezes são desnecessários. Eles entram primeiro via TV e depois, via supermercado, shopping, tornam-se realidade. A sociedade cria necessidades inexistentes antigamente. Com tantas "distrações": TV, SOM, VÍDEO, GAME, COMPUTADOR, INTERNET, ELETRODOMÉSTICOS, LIVROS, REVISTAS... sobra tempos para pensar na vida e no seu sentido?
Antigamente não havia muitas alternativas de divertimento. As pessoas se encontravam nas Igrejas, no campo de futebol, e nas festas tradicionais. Eram nesses lugares que as pessoas se relacionavam, rezavam compravam, vendiam, se divertiam, se conheciam, namoravam. Hoje as alternativas de lazer são fantásticas: cinema, TV, shows, parques, danceterias, boites... E com os modernos meios de locomoção, distâncias não mais existem (casa de campo, praia, estâncias...), nesse universo, a Igreja tornou-se uma opção a mais.
A distância que separa o universo cultural, do adolescente e jovem de um adulto é cada vez maior. Os pais não conseguem acompanhar a rapidez das transformações, da mudança de comportamento, de linguagem, de costumes, gostos, interesses e valores dos adolescentes e jovens. Uma pesquisa diz que um adolescente ou um jovem é totalmente diferente de um adolescente e jovem que chegue à mesma idade cinco anos depois (a cada cinco anos o comportamento do adolescente e jovem muda). Outro aspecto que devemos levar em conta é que o amadurecimento psicológico do jovem acontece cada vez mais tarde. Em outras palavras, a adolescência se prolonga muitas vezes até os 18 e 20 anos. Causas: excesso de protecionismo dos pais — recebem tudo pronto — não há sacrifício e nem luta pela sobrevivência. Essa constatação é mais notada na classe média e alta.
Outra característica marcante é o pluralismo religioso e o avanço da Nova Era. A busca de uma religião mágica que satisfaz as emoções e soluciona problemas imediatos. Uma religião sem compromisso. As Igrejas Pentecostais incentivam uma leitura fundamentalista da Bíblia, o anti-intelectualismo teológico, normas estritas e claras, leituras dualistas dos acontecimentos, confiança cega nos líderes, ênfase no emotivo e no festivo, compreensão do cristianismo centrado no indivíduo para satisfação das suas necessidades. O culto muitas vezes se limita à busca de favores; as igrejas são agências de serviço segundo as leis de mercado, não há formação de comunidade e sim formação de clientela, ocasionando uma alienação sócio-política dos seguidores e oportunismo político dos responsáveis.
Outro aspecto que devemos levar em conta é a crise de fé que todo adolescente passa no seu processo normal de amadurecimento. Esse fenômeno leva-os a se afastarem da Igreja e a ridicularizar o procedimento dos pais. Nessa fase é necessária muita compreensão e paciência.

3. Constatação
A busca do sentido da vida e o que fazer no futuro é uma constante na vida de cada jovem. Alguns preocupam-se com isso muito cedo, outros, por causa das influências citadas retardam esse processo, mas alguns, a minoria graças a Deus, não chegam a fazê-lo. O vazio é preenchido pela droga, álcool ou se atiram nos grupos radicais. A esses, é necessário trabalho psicológico profissional.
O trabalho da Pastoral Vocacional deve estar ligado com todas as outras pastorais para oferecer aos jovens um espaço de escuta daquilo que Deus tem para lhes falar.

4. Pistas
Pensar a Pastoral Vocacional urbana é tomar consciência do papel da Igreja na cidade: Qual a função da Igreja neste momento histórico que estamos vivendo? A resposta a este desafio vai dando identidade à Igreja e vai motivando jovens para uma resposta vocacional.
4.1 — Ser testemunhas da Ressurreição, mais que fiadores da instituição.
O povo está acostumado a olhar o bispo, padre, religioso(a) como detentores do poder, proprietários de instituições e manipuladores do saber. É preciso dar um passo decisivo na linha do esvaziamento para assumir uma postura moderna da nossa fé, fundamentada no seu núcleo central, que é a Ressurreição de Jesus.
A cidade questiona a institucionalização da fé, do rito, da celebração; porque não dá sentido à vida. O que dá sentido à vida são as opções subjetivas numa experiência fundante. O jovem se dispõe para o religioso, mas desconfia da instituição.

4.2— Busca de sentido vocacional.
O jovem busca um sentido vocacional a partir das opções grupais e pessoais. É a busca do sentido, que não se encontra nas instituições burocratizadas, mas nas experiências subjetivas. É necessário proporcionar experiências que vão dando sentido para a vida dos jovens no contexto da grande cidade. Na sociedade rural o sacerdote assume o papel de magia (benção para matar lagarta, rama para proteger da tempestade) na sociedade urbana o sacerdote deve ser o homem que dá sentido para a vida.
4.3— O jovem é um valor e quer se confirmar cada vez mais na sua identidade como um ser livre.
No contexto da modernidade é importante ajudar o jovem a perceber a diversidade dos valores da Igreja e da Sociedade e ajudá-lo no exercício da sua liberdade para uma opção consciente e madura. Por outro lado há a necessidade de garantir alguns valores cristãos, como instrumental de ajuda, para no exercício de sua liberdade, proporcionar um crescimento integral.
4.4 — O Trabalho Vocacional.
O trabalho vocacional luta contra uma perda cada vez maior da identidade da fé. Só é possível haver na Igreja vocação sacerdotal, religiosa ou leiga se houver educação da fé. Sem ela, podemos ter uma pastoral vocacional melhor organizada, mas fica o problema de fundo: a identidade e qualidade da fé, referencial indispensável da vocação.
4.5 — Retomada da Espiritualidade.
Face às mensagens religiosas que se apresentam agora e fazem das cidades imensos shopping centers religiosos em que todas as religiões do mundo se oferecem ao consumidor, a mercadoria católica é fraca. Das espiritualidades do passado parece que quase nada sobreviveu. O movimento que mais pegou, foi e é o movimento carismático: só isso já é um sinal claro de fraqueza da espiritualidade católica.
A pastoral vocacional é provocada a vivenciar uma espiritualidade, baseada principalmente na mística de Deus pastor: aquele que guia, alimenta, salva e é providência. É a espiritualidade do pastor e das ovelhas.

4.6 — Formação de grupos de vivência.
A característica desses grupos é que sejam constituídos por pessoas vivendo experiências semelhantes. Permitir que estes grupos de fé encontrem práticas concretas a partir de seus contextos de vida, e se disponham para experiências missionárias.
Através dos grupos de vivência é possível passar de uma motivação vocacional emocional para uma motivação de fé. O grupo vai vivenciando seu processo vocacional até uma opção definitiva.

4.7 — Relação personalizada.
O próprio Papa nos exorta para esta missão: "Descei para o meio de vossos jovens e chamai-os". É este estar junto que vai despertando vocações, que vai criando uma sintonia com aqueles que já vivenciam uma opção vocacional. Nesta convivência o padre vai se fazendo padre e o vocacionado vai entrando nesta sintonia a ponto de dizer: "este é meu padre", dispondo-se a seguir o mesmo caminho.
4.8 — Levar em conta o seguinte:
- Ir ao encontro do jovem onde ele está.
- Conhecê-lo nas suas dimensões: psicológica, sociológica e biológica.
- Escutá-lo respeitando seus valores e suas dificuldades, ajudando-o a superá-las.
- Estar aberto ao jovem, aprender com ele.
- Proporcionar momentos fortes de lazer, estudo, reflexão, oração, dias de convivência, retiro...
- Organizar encontros de orientação vocacional para que os jovens possam discernir qual é sua vocação.
- Desarmar-se dos preconceitos e acreditar no jovem.
- Ajudá-lo a orar e a ler a Palavra de Deus.

Pe. Carlos Alberto Chiquim

Fonte: http://jmissionaria.blogspot.com/2009/07/o-jovem-e-vocacao.html

Internet, tecnologia a serviço da evangelização

Oportunidade para ampliar o alcance da Palavra de Deus


Imagem de Destaque
"O desenvolvimento na internet nos últimos anos oferece uma oportunidade sem precedentes para ampliar as obras missionárias da Igreja, já que se tornou a principal fonte de informação e de comunicação" (João Paulo II).

A Igreja aproveita da mesma tecnologia que permite às pessoas estabelecer amizade, iniciar um relacionamento e em alguns casos até se casarem, para promover também o trabalho pastoral em ambiente virtual. O saudoso Papa João Paulo II já havia percebido a eficácia da internet como um instrumento para a facilitação dos trabalhos missionários no século XXI.

Por intermédio de e-mails, messengers, blogs, orkuts, entre outros, essa tecnologia ganha uma notoriedade sobre os demais meios de comunicação. Pois, a internet tem como característica principal o poder de abranger milhares de pessoas, que por sua vez interagem entre si quase que simultaneamente.

É muito comum para os usuários dessa ferramenta de comunicação as transferências de links e arquivos - com a ajuda da rede mundial de computadores - de conteúdos classificados por eles como relevantes. Assim, a importância e a eficácia de uma mensagem para uma determinada pessoa é potencializada milhares de vezes, atingindo alguém que jamais seria conhecido por aquele que disponibilizou tal conteúdo pela primeira vez na rede.

Muitas comunidades e dioceses já utilizam essa ferramenta de interação para o contato direto com os internautas. Por meio de conteúdos com linguagem própria, são disponibilizados aos usuários: diversão, doutrina, conteúdo de esclarecimento e outros artigos que podem conduzir a uma reflexão.

Mesmo com o avanço de toda essa tecnologia acessível a muitas pessoas, a evangelização não pode acontecer por si própria. A internet favorece o ambiente para que missionários desbravem as fronteiras digitais e promovam uma abertura para o acesso direto com aqueles que se encontram “plugados” na rede, buscando informações e conteúdos que atendam a uma necessidade específica.

Para o trabalho de evangelização nos meios tecnológicos acontecer, cada usuário deverá se tornar um evangelizador em potencial, seja este ministério manifestado com a ajuda de um comportamento digno de cristão no meio virtual, seja com a ajuda do anúncio direto do Evangelho.

Deus abençoe a cada um que se dispõe em ser um formador de opinião.

Abraços!

Juventude será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013


CNBB Conselho Episcopal Pastoral está reunidos desde terça-feira na sede da CNBB
Fraternidade e Juventude. Este será o tema da Campanha da Fraternidade de 2013. A escolha foi feita nesta quarta-feira, 15, pelo Conselho Episcopal Pastoral, que está reunido desde terça-feira, 14, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
O tema foi proposto pelo Setor Juventude da CNBB, que recolheu cerca de 300 mil assinaturas junto aos jovens do Brasil. O lema será escolhido na próxima reunião do Consep.

O Setor da Mobilidade Humana da CNBB apresentou e defendeu o tema do tráfico de pessoa humana e o trabalho escravo. Outros temas foram apresentados, mas não receberam votos.

Esta será a segunda Campanha da Fraternidade sobre a Juventude. A primeira foi realizada em 1992 com o lema “Juventude, caminho aberto”.

A escolha dos temas da Campanha da Fraternidade é feita com antecedência de dois anos.


11 palavras do Papa aos jovens

Bento XVI dirigiu-se muitas vezes aos jovens. Não só nas Jornadas Mundiais da Juventude, mas também nas suas viagens pastorais por todo o mundo

Em todos esses encontros repete a mesma ideia: “Não se começa a ser cristão por uma decisão ética ou uma grande ideia, mas com o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte à vida e, com isso, uma orientação decisiva. ” (Bento XVI, Deus caritas est, 1).

1. A vossa própria idade é uma grande riqueza

Os anos que viveis são os anos que preparam o vosso futuro. O “amanhã” depende muito de como estais vivendo o “hoje” da juventude. Meus queridos jovens, tendes uma vida pela frente, que desejamos seja longa; mas é uma só, é única: não a deixeis passar em vão, não a desperdiceis.

2. Deus não tira nada

A felicidade que buscais tem um nome: Jesus de Nazaré. Repito-vos o que disse no início do meu pontificado: “Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos torna livres “.

3. Cristo só deseja que sejais realmente felizes

Ide ao seu encontro na sagrada Eucaristia, ide adorá-Lo nas igrejas e permanecei ajoelhados diante do Sacrário: Jesus encher-vos-á do Seu amor e vos manifestará os sentimentos de seu coração. Se vos pondes em atitude de escuta, experimentareis de modo cada vez mais profundo a alegria de formar parte da Igreja, que é a família dos seus discípulos reunidos pelo vínculo da unidade e do amor.

4. É necessário que tenhais Jesus como um dos vossos amigos mais queridos, mais ainda, o primeiro

É necessário que tenhais Jesus como um dos vossos amigos mais queridos, mais ainda, o primeiro. Vereis assim que a amizade com Ele vos levará a abrir-vos aos outros, que considerais irmãos, mantendo com cada um uma amizade sincera. De facto, Jesus é precisamente “o amor de Deus encarnado”.

5. Compromisso com o próximo

“Porque mesmo sendo muitos somos um só pão e um só corpo, porque todos participamos do mesmo pão”, diz S. Paulo (1 Cor 10, 17). Por isto ele quer dizer: uma vez que recebemos o mesmo Senhor e Ele nos acolhe e nos atrai para si, sejamos também uma só coisa entre nós. Isto deve manifestar-se na vida. Deve mostrar-se na capacidade de perdoar. Deve manifestar-se na sensibilidade para as necessidades dos outros. Deve manifestar-se na disponibilidade para partilhar. Deve manifestar-se no compromisso com o próximo, tanto para com o que está perto como o que está muito longe, que, no entanto, temos sempre perto.

6. Na grande família da Igreja encontramo-nos com toda a classe de pessoas

No fundo, consola saber que há joio na Igreja. Assim, apesar de todos os nossos defeitos, podemos esperar estar entre os que seguem Jesus, que veio chamar precisamente os pecadores. A Igreja é como uma família humana, mas é ao mesmo tempo, a grande família de Deus, através da qual Ele estabelece um espaço de comunhão e unidade em todos os continentes, culturas e nações.

7. “Não desanimeis”

Cristo está plenamente consciente de tudo o que pode arruinar a felicidade do homem. Por isso, não vos deveis surpreender que surjam contradições. Não desanimeis por causa delas. Ter construído sobre a rocha significa ter a certeza que nos momentos difíceis há uma força segura na qual se pode confiar.

8. O amor satisfaz as nossas necessidades mais profundas

O amor autêntico é, evidentemente, algo bom. Sem ele, dificilmente valeria a pena viver. O amor satisfaz as nossas necessidades mais profundas e, quando amamos, somos plenamente nós mesmos, mais plenamente humanos.

9. Deixai-vos surpreender por Cristo

Abri o vosso coração para Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o direito de vos falar. Apresentai-lhe as vossas alegrias e as vossas tristezas, deixando que Ele ilumine com a Sua luz as vossas mentes e toque o vosso coração com sua graça.

10. Cristo bate à porta da vossa liberdade e pede que o acolhais como amigo

O Senhor vem ao encontro de cada um de vós. Bate à porta da vossa liberdade e pede que O acolhais como amigo. Deseja fazer-vos felizes, encher-vos de humanidade e dignidade. A fé cristã é isto: o encontro com Cristo, Pessoa viva que dá à vida um novo horizonte e, desse modo, um rumo decisivo. Quando o coração de um jovem se abre aos projectos divinos, não lhe custa reconhecer e seguir a sua voz.

11. Ânimo! Atrevei-vos a tomar decisões definitivas

Na verdade, essas são as únicas que não destroem a liberdade, mas que permitem a orientação correcta, permitindo avançar e alcançar algo de grande na vida. Sem dúvida, a vida tem valor se tiverdes a ousadia da aventura, a confiança que o Senhor nunca vos deixará sós.

Oração para o Mutirão de Comunicação

Senhor Jesus Cristo, Comunicador do Pai, acompanhai-nos na realização deste IV Mutirão de Comunicação do Regional Nordeste 2, mostrando-nos a ciência dos processos de comunicação, a fim de podermos contribuir com a construção de um mundo melhor.

Inspirai, Senhor, os coordenadores do mutirão, os articuladores das dioceses, os expositores e participantes, para que, abertos à comunicação evangélica, sejam facilitadores da recepção da Boa Nova da Salvação e anunciadores da esperança neste mundo tão diversificado e plural.

Senhor, dai-nos a força do Espírito Santo, a Sabedoria Divina, para que a PASCOM seja na Igreja um instrumento de unidade e comunhão, ajudando a pastoral de conjunto e toda ação evangelizadora.

Senhor, formai-nos para comunicar tudo aquilo que engrandece o ser humano, que cria comunidade de fé e amor, que resgata aqueles que se encontram perdidos, excluídos e afastados da vida plena que vós mesmo ofereceis.

Senhor, fazei de todo nós, agentes da PASCOM, vossos seguidores na comunicação das coisas do Pai, “para que todos tenham vida plena!” Amém!


mais informaçoes pode ver no blog: www.4muticom.blogspot.com

Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens


A Campanha Nacional contra Violência e Extermínio de Jovens é uma ação articulada de diversas organizações para levar a toda sociedade o debate sobre as diversas formas de violência contra a juventude, especialmente o extermínio de milhares de jovens que está acontecendo no Brasil.

Com isso, a Campanha objetiva avançar na conscientização e desencadear ações que possam mudar essa realidade de morte.

No início deste mês foi lançado o site, que é o principal meio de comunicação da Campanha, trazendo notícias, materiais e pesquisas sobre a violência, segurança e juventude no Brasil, auxiliando assim o trabalho de pesquisadores interessados no tema.

Quem está à frente da Campanha são as Pastorais da Juventude do Brasil (Pastoral da Juventude, Pastoral da Juventude Estudantil, Pastoral da Juventude do Meio Popular e Pastoral da Juventude Rural), no entanto, com o objetivo de unir forças na defesa da vida da juventude, várias outras organizações estão se juntando como parceiras da Campanha.

A Campanha é baseada em 03 eixos de ação:

Eixo I: “Formação política e trabalho de base”

Ações de conscientização e sensibilização quanto aos debates de segurança pública, sistema carcerário, direitos humanos, outros tipos de violência…

Eixo II: “Ações de massa e divulgação”

Organização de uma Marcha Nacional (2011), com o objetivo de denunciar a violência e mobilizar a sociedade no que se refere ao extermínio de jovens.

Eixo III: “Monitoramento da mídia e denúncia quanto à violação dos direitos humanos”

Acompanhamento e denúncia das violações de direitos humanos praticadas pela mídia.

Para maiores informações, acesse o site da Campanha Nacional contra a Violência e o Extermínio de Jovens.

DIOCESE DE PETROLINA – SETOR JUVENTUDE



Caros Jovens, os sentimentos do Ressuscitado nos motivam a colocar nossas vidas a serviço uns dos outros com alegria. É neste clima festivo que nós do Setor Juventude abertos e disponíveis queremos celebrar o dom da vida.

Seguindo firmes ao mandato de Cristo, que nos diz: “Eu vim para que todos tenham vida e vida em abundância” (Jo 10,10) e as orientações do Documento 85, que na oitava pista de ação nos fala da garantia da vida da juventude, por isso em consonância com a igreja em todo país, lançaremos a “Campanha Nacional contra a violência e o extermínio de jovens” que contribui com o grito pelo fim de todo tipo de violência que ceifa a vida da juventude em nossa diocese.

Reafirmamos também o nosso ser Igreja e nosso apoio a Juventude Católica, que em comunhão de todas as expressões comprometidas com a evangelização dos nossos jovens. Desejamos que com todas as expressões evangelizadoras da juventude possamos por meio do Setor Juventude e no respeito a cada identidade, espiritualidade e metodologia no trabalho com jovens; defender a vida da juventude e gritarmos o Evangelho com nossas vidas, como nos dizia Dom Helder Câmara. Buscando na fé em Cristo a unidade e a perseverança de sermos uma santa igreja católica e apostólica romana que no mistério salvífico do Cristo possamos ser: ”Uma juventude viva”.

Com isso viemos convidar você jovem para participar do Encontro de Articulação com os Jovens – Diocese de Petrolina que tem como Tema: “Somos Igreja Jovem!”. Acontecerá no dia 04 de junho ás 14h00 no Colégio Nossa Senhora Auxiliadora – Centro. Segue em anexo a inscrição.

Neste ano também estamos nos preparando de forma intensa para participarmos da Jornada Mundial da Juventude, em Madri, Espanha, sendo motivados pela organização do Setor Juventude - CNBB e ainda mais sabendo que Sua Santidade, o Papa Bento XVI, anunciará a Boa-nova de que em 2013 o Brasil será a casa da juventude católica do mundo.

Continuamos rogando ao Deus da Vida que continue a derramar sua bênção sobre você jovem e seu grupo, que dedicam sua vida ao serviço do Reino. Que Nossa Senhora Rainha Dos Anjos, Mãe da Igreja, e nossa Mãe, estejam sempre ao vosso lado.

Setor Juventude e Assessor Diocesano da Juventude,


Pe.Givanildo José